Fanatismo católico, apostólico e romano

De novo, eu batendo na mesma tecla.

Fanatismo é perigoso… religioso então… é no mínimo um barril de pólvora.

Tudo bem, é verdade que me divirto as vezes debatendo com pessoas de fé, sobretudo católicos. Acho muitas vezes engraçado os seus argumentos e certezas convictas do que a ICAR prega. Eles tem uma visão muito particular de mundo. Não é a toa que tantas atrocidades foram cometidas por essa religião.

Não estou dizendo que outros não cometeram atrocidades. Fanáticos muçulmanos são igualmente perigosos. Assim como fanáticos torcedores do Grêmio. Fanático é sempre igual. Discordou, fica emburrado. Quando vê que perdeu a discussão, parte para a agressão, seja ela física ou verbal. Não há conversa possível e quem tem argumento acaba por dar de ombros, rir e dizer algo como: – Daqui a discussão não avança, porque as respostas não tem lógica, apenas fé.”

Essas demonstrações absurdas de fanatismo religioso, levando ao pé da letra o que a ICAR manda e o perigo que é essa visão neo-inquisidora não aparecem nos jornais. Espero sinceramente que estas demonstrações não passem de gritos contra o vento, onde só quem o faz ouve.

Teve um caso aqui no blog onde falei sobre um blogueiro cristão que começou rendendo até uma boa discussão, mas para variar não foi longe, pois os argumentos ficaram escassos e ele simplesmente parou de autorizar comentários, encerrando a discussão da melhor maneira católica. “Estou certo, você errado. Não estou ouvindo mais… lálálálá…”.

Tenho medo desse tipo de atitude. Medo de uma nova inquisição, onde pessoas podem ter seus direitos tolhidos e censurados. Com alguma sorte, num mundo perfeito católico, algum muçulmano que pague uma taxa possa rezar em direção a Meca como na idade média era praticado.

Esse tipo de pensamento fundamentalista cristão, é visto em blogs como o http://advhaereses.blogspot.com/.

É direito dele falar o que quiser, assim como é meu direito dizer que ao que parece, exceto ele e outros como ele, Maçons, Rosacruzes, Umbandistas, Espíritas e qualquer escola de pensamento estão errados. Todos estão errados.

Tem um texto lá com uma tarja assim :

ROSACRUZES DA ORGANIZAÇÃO ESOTÉRICA AMORC NEGAM A DIFERENÇA ENTRE CRIATURA E CRIADOR.
SE CRÊEM DIVINOS. DEFENDEM IRRACIONALMENTE O PANTEÍSMO.
NEGAM O SOBRENATURAL. A EXISTÊNCIA DE MILAGRES.

VEJAM AQUI

http://advhaereses.blogspot.com/2009/06/soberba-satanica-dos-rosacruzes_23.html

e abaixo um aviso: CLIQUE PARA ALARGAR. (NÃO LEIAM DEPOIS DAS REFEIÇÕES)

O que dizer de uma coisa assim? O que esperar? O que entender disso?

Diria que o pensamento é: “Se não é como penso, está errado.” Não há argumento, nem chance de discussão. É apenas apontado como uma heresia. Vejamos só isso…

Negar diferença entre criatura e criador… – deve ser tão grave quanto negar que Jesus é quem os católicos dizem, como os judeus fazem.

Se crêem divinos – bom, a lógica explicaria isso fácil.

Defendem irracionalmente o panteísmo – Por que? O Panteísmo é tão certo quanto o Maniqueísmo. Depende de quem crê.

Negam o sobrenatural – Então é melhor avisar ao Padre Quevedo não falar que “ixo non eqsiste.”

A Existência de Milagres – Nisso eu concordo. É um milagre alguém acreditar nisso.

Sem falar no título do post. “SOBERBA SATÂNICA dos rosacruzes ponto hagah tê ême éle.

Isso é só uma demonstração deste perigoso fundamentalismo. Sinceramente… Acredito em Deus. Só que não é este intolerante e segregador. Tampouco minha crença se baseia em ouro, relicários e autoridade dada a si mesmo. Se fosse ele, leria isso no Correio do Paraíso pela manhã e diria… “- Não acredito nisso. Eles ainda não entenderam nada.”

Mas assim como se dá uma passadinha pelo Big Brother, a mórbida curiosidade me faz ler alguns desses textos.

Papa Pio XII e Papa João Paulo II Veneráveis

Católicos são um tanto complicados para entender… Vamos ver se é mais ou menos isso: Beatificação é parte do processo de canonização, onde por ordem do papa, alguém que foi fiel a ICAR pode ser venerada por toda a igreja.

Como um ser superior aos outros, um exemplo. Ganha até um dia no ano para ser festejado. Então o candidato a santo, por meio da beatificação, tem autorizado pelo papa, sua veneração publica garantida na sua igreja local, ou congregação religiosa onde o beato era associado. Creio que também em outros lugares onde haja permissão para isso. É mais ou menos como um “santo de casa” enquanto um canonizado é um “santo de toda a igreja católica apostólica romana.”

Depois deste passo, o sujeito fica sendo investigado com a precisão e velocidade de um funcionário público, para ter certeza que ele é bom mesmo. Localmente, todo o longo processo autorizado e carimbado pelo Bispo. Depois isso vai a roma, onde teólogos católicos apostólicos romanos estudam tudo de novo e apresentam um “documento oficial” para o papa. Só que para isso, o candidato tem que mostrar serviço e fazer um milagre.

Só para ver se compreendi direito isso, porque essa história toda tem mais carimbo que contrato com o governo… Milagre é um fato que não pode ser explicado pela ciência, onde esse evento acontecido está ligado a ação do servo de deus candidato a santo. Normalmente curas depois de muita reza e vela acesa. Se houve cura, por exemplo, o candidato foi “aceito por deus”. pois surgiu na… opinião dos fiéis… que o JP II, por exemplo, é digno de receber o crachá de santo. Quem são os cientistas que vão afirmar não existir explicação eu nem imagino.

Mas o importante é ser reconhecido como um evento acontecido graças a ação do candidato a santo. Então, o Papa Pio XII e Papa João Paulo II são agora beatificados. A caminho de talvez receberem o crachá de santo, se aparecer algum milagre atribuido a sua intercessão. Um Servo de Deus que é beatificado e chamado Beato.

O Beato pode ser canonizado depois da ocorrencia de um ou mais milagres atribuidos à sua intercessão. Então, o cara vira um “ser iluminado” na investigação e decreto de homens, que ganham autoridade de outros homens para dizer que um homem ou uma mulher o é. Interessante… E depois da indicação… só precisa fazer um milagrezinho, do tipo curar um doente…

Então… tirando toda essa burocracia temos:

1. Sublimando o fato de ser católico, ser uma pessoa boa, com valores morais e cristãos…

2. Fazer milagre depois de morto, sendo este atribuido a ele por pessoas com autoridade no assunto. Um médico ou um cientista talvez…

Hum… acho que entendi… alguém bom e evoluido que depois de passar desta para uma melhor, tem seu espírito evocado através de reza, canto e vela, que intercede com forças ainda maiores para curar alguém. Isso pode ocorrer diretamente ou através da ajuda um sacerdote. Sim… sim… entendi. A Santa Igreja copiou isso de religiões mais antigas. Africanas, talvez…